segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Regressar

Fotografia de Márcio Barreto
Regressar ao estado em que se encontra o nosso país é penoso. Voltar a ter de suportar as mesmas caras, os mesmos discursos, as mesmas incompetências, a mesma ausência de esperança, a mesma espiral de problemas é quase um fado.
O que tem esta elite de políticos, de banqueiros, de patrões, de jornalistas para oferecer àqueles a quem impõem a sua presença e a quem se propõem governar, ou dirigir financeira ou economicamente, ou simplesmente informar? Esta elite não tem nada para oferecer. São secos de ideias novas. Exercem a função de guardiães dum mundo caduco, irremediavelmente injusto, grotesco e estúpido. Da elite que tem dirigido o país nas últimas décadas não há nada a esperar, a não ser a preservação dos seus privilégios e mordomias. Tudo farão para os manter e nada mais que vá para além disso.
Apesar de todos o sabermos, vivemos como se não o soubéssemos, aconchegando ilusões ou cultivando apatias.